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2António Santos e Vera Almeida
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P

 

 

 

 

        

  

 

 

      

 

                                  A...

 

Quantos tesouros ocultos existem e ainda estão à espera de que alguém com muita sorte ou recursos especiais os localize? Moedas, relógios, jóias e outros metais preciosos são ainda localizados em nossos dias, em lugares por onde muita gente passou e nem sequer imaginou que poderia esconder tantas riquezas.

Nenhum de nós pode imaginar que espécies de riquezas se escondem sob os nossos pés, mesmo que a apenas alguns centímetros da superfície da terra.

E, o simples fato de pensar que, debaixo de nossos pés, em nosso próprio quintal, ou numa praia, podem existir mil e um tesouros fabulosos, é de deixar qualquer um excitado.

Você já pensou em quantos tesouros ou objetos antigos não existem perdidos em toda a imensidão de nosso país?

Você já pensou em quantos objetos de valor como relógios, joias, rádios são perdidos todos os anos nas praias por veranistas distraídos?

Não podemos ver o que está enterrado mesmo que a poucos centímetros da superfície o que nos impede de localizar os grandes tesouros.

Mas, para a eletrônica, uma camada de terra sobre um objeto não é obstáculo e com a ajuda de suas técnicas você poderá localizar muita coisa que de outro modo seria impossível.

Se você pretende transformar suas férias numa emocionante caçada ao tesouro, ou se você desconfia que na sua casa ou sítio existem objetos de valor enterrados, por que não fazer uma busca científica com um aparelho capaz de localizá-los com facilidade?

                                                        B...

JÁ IMAGINOU A QUANTIDADE DE OBJETOS,PERDIDOS DIARIAMENTE NAS PRAIAS,E CAMPOS AO LONGO DOS ANOS??E NOS VALORES QUE OS NOSSOS ANTEPASSADOS ESCONDIAM NO MEIO DAS PEDRAS,NAS PAREDES DAS HABITAÇÕES,MINAS,GRUTAS,ARVORES MILENARES,PENEDOS,ETC..(PONTOS REFª)QUE POR FIM,FICARAM ETERNAMENTE,ESCONDIDOS,ATÉ QUE UM DETECTORISTA COM 1-BOM DETECTOR DE METAIS O PODERÁ POR Á LUZ DO DIA??!!

É ESTE MEU APAIXONANTE HOBBY,DESDE:1980. TAMBEM VENDO METAL DETECTORS.ALGUMAS DAS MELHORES E MAIS FAMOSAS,MARCAS MUNDIAIS, tais como: LORENZ,TEKNETICS,TESORO,  GARRETT,FISHER,WHITE,S  ,MINELAB,,XP,RUTUS,MAKRO-NOKTA,C.SCOPE,,EFX GRONUD,TB ELECTRONICS,BOUNTY-HUNTER, QUEST,ETC...

                               C...

 

  Para quem quer entrar neste fascinante ‘hobby’ prepare-se, pois acaba por se apaixonar pelo passatempo mais completo do mundo.
 
  Está na alma do Homem o querer descobrir, enfrentar desafios, superar quebra-cabeças e o partir à aventura.
 
  Tudo isso o irá preencher de hoje em diante e até ao fim dos seus dias.
 
  Não é o facto de possuir um detector de metais que faz de si um detectorista de alma e coração.
 
  Digamos que é um bom ponto de partida.
 
  Para sentir o prazer de manipular uma moeda ou outro qualquer objecto que não via a luz do dia há 50, 100, 500, 2000 ou 3000 anos há que dominar as três fases essenciais deste processo:
 
1.       O ‘antes’
2.      O ‘durante’ e
3.      O ‘depois’
 
  Com efeito, o detector de metais, é o elemento que menos trabalha senão vejamos:
 
 
  O ‘ANTES’:
 
  Esta é a fase que eu chamo de ‘investigação’ e é nela que se determinam os sítios a serem calcorreados.
  A investigação pode desenrolar-se em casa no conforto do sofá ou em pleno campo – ambas dão resultados. Pessoalmente prefiro a primeira.
 
  Munido de mapas, antigos e actuais, alguns livros, olho vivo e sossego começo a trabalhar. A internet é um veículo fundamental.
 
  Por isso é bom gostar de ler livros de história, lendas e descrições mais ou menos exaustivas de regiões e lugares. Também e sem temores, alguns textos de ficção sobre assombrações e mirabolantes histórias de “ Formigas que comiam as crianças”.
  
  Olhar os mapas, comparar os antigos com os actuais e analisar o terreno na carta. Talvez ajude, algum conhecimento de cartografia e sistema de geo-referenciação.
 
  Aprenda a interpretar os mapas e a projectar, imaginariamente,  o terreno na realidade.
 
  O que procuramos então?
 
  Sítios outrora habitados ou muito frequentados, campos de quezílias e batalhas, etc.
 
  Foi nestes sítios que pessoas e animais de então perderam pequenas coisas que traziam nos bolsos, alforges, ou mesmo no corpo.
 
  Certifique-se, antes de mais, se os sítios que procura não estarão já referenciados como patrimoniados ou em vias de o serem.
 
  Para tal recorra a publicações/documentos dos Institutos competentes e aos Planos Directores das respectivas Câmaras Municipais das zonas que está a investigar.
 
  Uma excelente fonte de informação, como não poderia deixar de ser, é a Internet.
 
  Afaste-se, geograficamente, dessas zonas e de outras, que a seu ver, possam ter valor arqueológico.
 
  Fique descansado que ainda sobra muita coisa.
 
  Que tal um casebre em ruínas no meio do nada?
 
  E aquele sítio lá perto da terra do seu avô onde há mais de 150 anos havia uma feira?
 
  E aquele outro onde na idade média se faziam as mudas de cavalos e segundo se consta havia uma estalagem para pernoitar?
 
  É evidente que se conseguir saber onde são estes sítios, chega lá e, aparentemente, nunca nada existiu ali. OLHO VIVO!…
 
 Páre, respire o local, imagine como seria, procure encontrar vestígios de qualquer coisa que de forma natural, nunca poderia lá estar.
   


  O ‘DURANTE’:
 
  Chegámos ao sítio
 
  Nunca se esqueça que toda a terra que pisa tem um dono.
 
  Pense que, por muito grande que seja uma propriedade ela é sempre o quintal de alguém.
 
  Por acaso gostaria de surpreender alguém no seu quintal com um aparelho esquisito que mais parece uma muleta, com um prato redondo na ponta que ao longe se assemelha a um aparador de relva?
 
  Por certo que não!
 
  Conselho: na medida do possível peça autorização.
 
  Se for surpreendido, pouse o detector e simpaticamente dirija-se   à pessoa ou pessoas que se aproximaram.
 
  Um sorriso e um aperto de mão são baratos e têm um retorno incrível.
 
  Explique ao que está, sem grandes pormenores. Se estiver perante o dono, peça autorização.
 
  O pior que pode ouvir é um NÃO.
 
  Aí, diga obrigado, bom dia, arrume as coisas e parta para outros sítios.
 
  Se ouviu um SIM, óptimo para si.
 
  Ligue o detector e de forma sistemática varra o terreno caminhando lentamente.
 
  Não!… L  e  n  t  a  m  e  n  t  e.
 
  NÃO!… Mais devagar ainda! Não tem ninguém a correr atrás de si.
 
  Mantenha o prato paralelo ao chão e o mais rente possível.
 
  Olhe para o terreno, imagine uma matriz com quadrados de um metro por um.
  Bata o terreno de Norte para Sul e depois de Este para Oeste.
 
  A ordem é arbitrária, o importante é passar pelo menos uma vez nos dois sentidos – isso significa que o prato do detector passou, pelo menos, duas vezes no mesmo sítio e de forma cruzada.
 
 
  Avance à velocidade de meio prato por cada varrimento.
 
  APITOU!… Eh pá!…
 
  Calma, temos tempo.
 
  Tem fé que o que acabou de detectar vale o esforço de cavar?
 
  Aprenda a avaliar isso quer pelo som e/ou pelo valor no visor do seu aparelho, estude atentamente as instruções do fabricante.
 
  Bem, vamos a isso:
 
  Passe repetidamente o prato do detector no sentido N-S e depois no sentido
E-O. Referencie visualmente na terra o meio dessa cruz. É aí que está o objecto.
 
  Se o seu detector tiver a facilidade de medir profundidade, utilize-a agora.
 
  Vamos avaliar o tamanho do objecto: aumente ligeiramente a distância do prato ao solo, varra em ângulo muito ligeiro, e sempre em cruz, mesmo por cima do ponto, continua a ouvir o apito e/ou a ter a mesma leitura no visor? Suba mais um pouco o prato e repita a operação de varrimento.
 
  Se continua a ouvir o mesmo e com pouco decréscimo de volume então estamos, talvez, perante um objecto maior que uma moeda ou perante um objecto metálico muito puro e a pouca profundidade. (leia-se muita profundidade de 30 a 40 cm).
 
  É evidente que esta explicação não é uma verdade universal. O mais importante é conhecer em detalhe o seu detector em termos das suas funcionalidades e respectivas reacções aos mais variados objectos e em diferentes solos.
 
  Só com a prática e muitas horas de campo se conseguem bons resultados; para aprender há que cavar muitas caricas entre muitas latas de conserva e arames.
 
  Vamos agora ao processo de resgate do nosso objecto:
 
  É aqui que, vulgarmente, somos acusados de vândalos e destruidores de extractos arqueológicos.
 
  Bem, mas como não estamos em terrenos de valor arqueológico e, na grande maioria das vezes, as charruas dos agricultores já revolveram infinitas vezes o extracto de superfície em pelo menos 0,5 metros, toca a cavar.
 
  Cavar à vontade não significa abrir um buraco para enterrar um melancia, talvez uma laranja. Será suficiente em 95% dos casos.
 
  Cave sempre devagar e com cuidado, uma cavadela mal apontada pode destruir o mais belo objecto da sua colecção ou o orgulho do Museu lá da terra.
 
  Cave mais devagar! Sempre à volta do seu ponto de referência. Quando lhe parecer que chegou à profundidade desejada retire, pela base, o pedaço de terra que ficou no meio.
 
  Passe o prato sobre a terra retirada e certifique-se do sítio onde está o objecto, manipule a terra com as mãos até o encontrar. Se necessário passe sucessivas mãos cheias de terra por baixo do prato do detector. Como é óbvio não deverá usar neste momento nem anéis nem pulseiras.
 
  Tape o buraco por forma a não se notarem distúrbios na natureza, esta é a primeira que deve ser respeitada.
 
  Olhe atentamente o objecto mesmo que não lhe pareça nada de valor, guarde e chegue a essa conclusão em casa.
 
  Se de facto é lixo, leve-o consigo e deposite-o mais tarde num contentor para esse efeito.
 
  O ‘DEPOIS’:
 
  Esta é a fase que tem a ver com a limpeza, identificação, catalogação e preservação dos objectos encontrados.
 
  Se não sabe como começar NÃO FAÇA NADA para além de os embrulhar em papel de cozinha e protegê-los do ar e da luz. O oxigénio é bom para nós mas não para este tipo de objectos.
 
  Um processo de limpeza e recuperação pode levar anos, sim leu bem: anos.
 
  Ao retirar um objecto de um ambiente onde esteve preservado durante anos ou séculos muitas reacções químicas e físicas começam a acontecer. Tente ler bastante sobre estas questões, fale com quem sabe. Vá aos Museus e veja o aspecto limpo e saudável das peças expostas. Quem as pôs naquele estado despendeu muito tempo a estudar e praticar. Você também pode.
 
  Pessoalmente, acho esta parte fascinante.
 
  Todos os meus achados ficam referenciados com local e data onde foram encontrados.
 
  Normalmente tento remover toda a terra agarrada com uma escova de dentes. Alguns, esfrego-os suavemente em água morna corrente e sabão neutro.
E depois WD40...
 
 
  Se a terra é muita e está dura, utilizo um aparelho tipo broca de dentista (os aparelhos das manicures/pedicures  dão excelentes resultados)  com uma ponta mais ou menos abrasiva doseando a rotação.
E depois WD40...
 
 
  Requer-se mão firme para que nunca chegue a tocar no objecto.
 
  Vaselina, cera microcristalina ou WD40 são elementos neutros que utilizo amiúde quer para limpeza quer para protecção, rematando com o envolvimento em celofane – isto depois de fotografar, identificar e catalogar informaticamente.


  Tudo isto leva tempo e que leve pelo menos até à próxima ida para o campo.

 

  

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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